Claudemir Pereira

Às vésperas do “mês da traição”, o que pode acontecer na Câmara

Às vésperas do “mês da traição”, o que pode acontecer na Câmara

Foto: Câmara dos Vereadores (Divulgação)

Uma preliminar necessária. Esta coluna tem chamado março (na verdade, do dia 6 até 5 de abril, seis meses antes do pleito municipal) de o “mês da traição” (oficialmente a “janela partidária”). Por quê?



Porque é o período em que os eleitos por um partido o deixam em busca de nova casa, no mais das vezes apenas para não perder o mandato – que é da agremiação – e poder disputar novo período parlamentar.

 
Que se diga, e já entrando na situação local, não ser este o caso de Manoel Badke. O presidente da Câmara, além de não concorrer à reeleição em outubro, está num partido, o União Brasil, pelo qual não se elegeu, mas fruto de fusão que extinguiu sua sigla original.

 
No entanto, para manter o mandato até o final, o edil esperou esse mês para se mandar. Se supunha, foram os sinais ao longo de pelo menos um ano, que iria para o PL, a agremiação de Jair Bolsonaro, com o qual se identifica.

 
Mas não, vai ao Republicanos, pelo qual, se diz, pode postular inclusive a posição de vice na chapa governista a ser liderada por Rodrigo Decimo. Curiosamente, ambos estão alojados na mesma agremiação, o UB, fruto da união dos falecidos DEM e PSL.


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Três casos

Além de Badke (e Decimo), e por outras razões, se sentem desconfortáveis em suas siglas e podem se mandar de onde estão pelo menos outros três edis santa-marienses.

 
O tucano Juliano Soares é um. Não são raras as ocasiões, pelo contrário, em que demonstra insatisfação com o PSDB, a agremiação que o abriga em todas as disputas de que participou.

 
Diz-se que já esteve próximo do Novo, com o qual se identificaria ideologicamente. Mais: há quem garanta não ter ido apenas porque não se dispôs a participar de rígidas (e hoje abrandadas) condições dos novistas para acolher filiados. No entanto, embora pudesse se sentir bem (e teria sido convidado) tanto no PL quanto no PP, ou mesmo no MDB, a aposta claudemiriana é que ele ficará mesmo é onde está – abrigado no ninho tucano.

 
Em compensação, são consideradas mudanças certas as saídas das duas edis do PP. Ambas descontentes com o tratamento que dizem ter no partido, Anita Costa Beber e Roberta Leitão (foto) estariam com os dois pés já fora da sigla.

 
Roberta tem a chancela inclusive estadual, quiçá nacional, para ir de mala e cuia ao PL, pelo qual poderia até mesmo compor na chapa majoritária, afora ter garantida legenda para buscar a reeleição.

 
Anita é diferente. Afinal, até outro dia dizia estar fora do pleito. Agora, volta a ser candidata a novo mandato, mas fora do PP. Seu destino seria o Podemos, partido de Tony Oliveira, que até já saúda a nova colega, nos bastidores do Legislativo.


Outros nomes

Ao longo dos últimos três anos, pelo menos três outros edis estiveram ligados a murmúrios sobre a saída de onde estão. No caso, os eleitos pelo PSB, Danclar Rossato e Paulo Ricardo, e um do MDB, Rudys Rodrigues. Às vésperas do início do “mês da traição”, aparentemente não trocarão de lugar. Detalhe: a política recomenda esperar até 5 de abril. E ponto.

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